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A IDENTIDADE HUMANO-DIVINA DO MESTRE Y sucedió que mientras él estaba orando a solas, se hallaban con él los discípulos y él les preguntó: «¿Quién dice la gente que soy yo?» Jesus anunciando a mensagem do Reino de Deus sente uma necessidade constante de dialogar com o Pai. Por isso, recolhe-se num lugar retirado, silencioso, para fazer esta experiência de intimidade, de diálogo amoroso com o Pai. Este encontro narrado por Lucas tem uma peculiaridade: Jesus faz uma catequese orante. Ele deseja que seus discípulos percebam o nexo indissolúvel existente entre a sua pessoa e a mensagem que anuncia. Um outro ensinamento que deseja passar aos seus discípulos é que não existe o discípulo separado, ausente da vida do Mestre: aquilo que é importante para Ele, deve ser também importante para seus seguidores. Através da pergunta que Jesus faz aos discípulos: “Que dizem o povo que eu sou?”, pretende averiguar a consciência que eles possuem da sua verdadeira identidade depois de um determi

O ROSTO DE DEUS PAI REVELADO EM JESUS CRISTO

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"Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou" (Jo 1,18). Hoje assistimos um fenômeno peculiar da pós-modernidade em âmbito religioso: de um lado, o capitalismo materialista coloca a felicidade e realização da pessoa humana exclusivamente na posse dos bens materiais; e do outro lado, aumenta o número de pessoas à procura dos bens espirituais, e experiências religiosas. Se constata que estas pessoas ao buscarem uma experiência mais profunda com o transcendente, na maioria das vezes, ficam desnorteadas diante as dificuldades de escolher qual experiência fazer, que deus se aproximar, que religião assumir. Não é fácil no mundo de hoje definir quem é Deus e onde encontrá-lo para conhecê-lo: como encontrar Deus, como perceber o seu verdadeiro rosto no meio de tantos deuses e na confusão dos milhares de templos religiosos? Afinal, a problemática pode ser resumida na seguinte pergunta: Que Deus estou procurando? Para o cristão, a Bíblia é

JESUS SENHOR DA VIDA E O PODER DO MAL

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A questão da origem do mal ocupou um lugar de destaque no imaginário das sociedades antigas até os dias de hoje. Desde que o homem toma consciência da sua humanidade ele busca compreender essa realidade que ao mesmo tempo transcende sua compreensão e é algo que está presente no mais intimo de sua existência. O homem não pode negar e nem sabe como dominar o mistério do mal. É uma força que está para além de suas possibilidades, de seu poder em dominar as forças ocultas da natureza. É interessante observar que todo discurso religioso não pode fugir da problemática do confronto entre o bem e mal. A perspectiva teológica do evangelho essênico da paz coloca a problemática da existência do mal e de suas conseqüências negativas para o seu humano, de modo particular para o crente, diante da ação evangelizadora e salvífica de Jesus Cristo: O texto: “E então muitos enfermos e paralíticos foram a Jesus, perguntando-lhe: “Se tudo sabes, diga-nos: porque sofremos estas penosas calamidades? Po

MISERERE

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Miserere de nós, Senhor, se assistimos a tua flagelação aterrorizados e com medo de sermos identificados como teus discípulos. Miserere mei, Deus, secundum misericordiam tuam; et secundum multitudinem miserationum tuarum dele iniquitatem meam. Amplius lava me ab iniquitate mea et a peccato meo munda me. Quoniam iniquitatem meam ego cognosco, et peccatum meum contra me est semper. Tibi, tibi soli peccavi et malum coram te feci, ut iustus inveniaris in sententia tua et aequus in iudicio tu Miserere de nós, Senhor, se acompanhamos Pedro depois da tua prisão no monte das Oliveiras, e covardemente afirmamos juntos que não ti conhecíamos. Ecce enim in iniquitate generatus sum, et in peccato concepit me mater mea. Ecce enim veritatem in corde dilexisti et in occulto sapientiam manifestasti mihi. Asperges me hyssopo, et mundabor; lavabis me, et super nivem dealbabor. Audire me facies gaudium et laetitiam, et exsultabunt ossa, quae contrivisti. Averte faciem tuam a peccatis meis et

O ROSTO DE DEUS PAI REVELADO EM JESUS CRISTO

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"Ninguém jamais viu Deus. O Filho único, que está no seio do Pai, foi quem o revelou" (Jo 1,18). Hoje assistimos um fenômeno peculiar na pós-modernidade em âmbito religioso: de um lado, o capitalismo materialista coloca a felicidade e realização da pessoa humana exclusivamente na posse dos bens materiais; e do outro lado, aumenta o número de pessoas à procura dos bens espirituais, religiosos. Se constata que estas pessoas ao buscarem uma experiência mais profunda com o transcendente, na maioria das vezes, ficam desnorteadas diante as dificuldades de escolher qual experiência fazer, que deus se aproximar, que religião assumir. Não é fácil no mundo de hoje definir quem é Deus e onde encontrá-lo para conhecê-lo: como encontrar Deus, perceber o seu verdadeiro rosto no meio de tantos deuses e na confusão dos milhares de templos religiosos? Afinal, a problemática se resume na seguinte pergunta: Que Deus estou procurando? Para o cristão, a Bíblia é o lugar privilegiado da exp

PROSPECTIVAS DA IGREJA COMO POVO DE DEUS NA AMÉRICA LATINA (Parte III)

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2. UMA IGREJA PORTADORA DE ESPERANÇA E VIDA PARA OS EXCLUÍDOS E MARGINALIZADOS A América Latina parece que já se cansou de ser chamada o Continente do futuro. Tudo que os homens e a mulheres latino-americanos almejam está sempre projetado no futuro; e este futuro (já se passaram 500 anos) jamais chega a tornar-se tempo presente. A exclusão e a marginalidade são o tempo presente para milhões de filhos e filhas da Pátria-Mãe. A Igreja diante desta constatação de exclusão e marginalidade é chamada a ser portadora de esperança e vida no Continente. Ser portadora da esperança e da vida significa optar por um projeto de promoção humana que priorize as questões da educação, da saúde, dos respeito aos direitos humanos, do exercício da cidadania, da habitação e do trabalho. Assumindo esta postura, a Igreja-profecia será para estes milhões de seres humanos, que são filhos e filhas de Deus, a portadora da fé que transforma a realidade histórica e da esperança que não engana. A esperança cr

PROSPECTIVAS DA IGREJA COMO POVO DE DEUS NA AMÉRICA LATINA (Parte II)

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1.1.2. A VERDADE ANUNCIADA PELA IGREJA Cabe a Igreja aprofundar a verdade sobre Jesus Cristo, que penetrando na história dos homens e mulheres latino-americanos os comprometerá com a construção do Reino de Deus, que exclui toda forma de injustiça, de opressão, que aprisiona e destrói a imagem e semelhança de Deus. O seu olhar sobre a realidade é um olhar crítico que penetrando na realidade de miséria e sofrimento no qual vive milhões de latino-americanos, denuncia esta situação estruturalmente pecaminosa. Do seu compromisso com a Verdade nasce a exigência da Igreja dialogar com as verdades que são construídas pelos homens e suas instituições no processo de percepção do mundo e na busca de satisfação de seus interesses e necessidades. Demonstrando a parcialidade destas «verdades» ao captarem somente algumas dimensões da realidade e a pretensão de tornarem-se verdades universais, somente a Igreja vislumbra para o homem a verdade de sua integralidade. E mais, a Igreja questiona as con

PROSPECTIVAS DA IGREJA COMO POVO DE DEUS NA AMÉRICA LATINA (Parte I)

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Na tentativa de compreender a Igreja na América Latina como Povo de Deus, a partir da ótica eclesiológica dos documentos da II Conferência Episcopal de Puebla e da III Conferência Episcopal de Santo Domingo, podemos traçar algumas prospectivas que caracterizarão a ação evangelizadora dos cristãos comprometidos com a construção do Reino de Deus nestas terras ameríndias. O nosso esforço será aquele de continuar a delinear o novo rosto de Igreja Povo de Deus, comprometida com os mais pobres e marginalizados. Para atingir este objetivo nos moveremos em torno das seguintes referenciais: em primeiro lugar, é necessário está atento aos desafios emergentes à sua ação evangelizadora da Igreja, considerando o contexto histórico-eclesial latino-americano muito preciso e em processo de constante transformação; em segundo lugar, é preciso ir além do momento da contextualização, lançando luzes que possam indicar algumas prospectivas para o futuro da Igreja na América Latina. Não se trata evidente